Reviravolta, gigante dificulta, e Corinthians pode ter prejuízo de R$ 100 milhões

Gabriel Moscardo permanece na França aguardando a conclusão da negociação entre Paris Saint-Germain e Corinthians para a transferência definitiva. As equipes debatem uma cláusula de salvaguarda que permitiria aos franceses desistirem legalmente do negócio caso o problema no pé esquerdo do atleta persista após a cirurgia.

Vendido por 20 milhões de euros (R$ 107 milhões) mais dois milhões de bônus (R$ 10,7 milhões), Moscardo enfrenta um complicado diagnóstico no calcanhar esquerdo, detectado nos exames feitos pelos franceses. O presidente do PSG chegou a questionar a transação na terça-feira.

Fontes garantem que a lesão pode ser resolvida cirurgicamente com pouca probabilidade de recorrência pós-operatória. O PSG assegura que o acordo será mantido, inicialmente, para meados do ano, diante desse cenário.

Enquanto isso, o Corinthians busca acelerar o desfecho da negociação e espera uma conclusão até o final da semana. O clube avalia até a possibilidade de solicitar o retorno do volante.

No entanto, como medida de proteção, o PSG discute com o Corinthians uma cláusula que permita desistir do negócio caso a cirurgia não resolva a lesão identificada nos exames na França. Esse cenário é considerado improvável por médicos consultados pelo atleta.

Moscardo aguarda o desfecho das discussões para realizar a cirurgia, inicialmente programada para ocorrer no Catar, utilizando as instalações do PSG, assim que houver um acordo entre os clubes.

A recuperação de Moscardo está estimada em dois a três meses, e o PSG deseja ter a opção de não concluir a compra em caso de problemas pós-cirurgia. Internamente, há otimismo para que a cirurgia, considerada simples, resolva o problema de Moscardo, consolidando o acordo previsto para meados do ano.

A venda de Gabriel Moscardo foi acordada pela gestão anterior, mas a atual administração, incluindo Augusto Melo, está envolvida nas negociações para finalizar o acordo, tratando-o como certo, apesar da cautela do presidente do PSG.

Em entrevista ao "L'Équipe", Nasser al-Khelaifi elogiou o meio-campista formado pelo Corinthians, mas expressou desconforto com a situação, destacando a necessidade de cuidados devido à lesão e a impossibilidade de correr o risco de adquirir um jogador machucado.