Notícias do Corinthians

Passou no Corinthians, perdeu toda a fortuna após prisão, agora vive como vendedor

Ex-meia fez sucesso nos anos 90, ultimamente tem aparecido com frequência no noticiário policial

Por Pedro De Oliveira

Jogadores do Corinthians que brilharam na década de 90

Não existem tabus ou assuntos vetados para Piá. Desde as festas noturnas até as amizades falsas que prejudicaram a carreira do talentoso meio-campista, passando pela vida atrás das grades após sua aposentadoria, o antigo número 10 relembra diversos momentos de sua trajetória com naturalidade.

"Eu me desvirtuei por causa da fama", afirma Piá, atualmente empresário de jogadores.

Embora nem tudo que tenha vivido seja motivo de orgulho, o ex-jogador deseja compartilhar suas experiências para que jovens atletas não repitam os mesmos erros cometidos durante sua época nos gramados. Sua história envolve gols, conquistas, fama, festas, prisões e a tentativa de encontrar um novo papel no futebol após sofrer um prejuízo financeiro de R$ 10 milhões em dívidas e propriedades perdidas.

"Eu não era milionário, mas conseguiria viver tranquilamente. No entanto, acabei perdendo dinheiro continuamente, e isso se tornou uma bola de neve (...) Foi uma situação desesperadora. Eu fui dormir rico e acordei pobre. Além disso, perdi muito em pouco tempo, inclusive minha saúde devido ao diabetes...", relembra Piá sobre os desafios enfrentados após encerrar sua carreira.

"Perdi três galpões e uma casa, cada propriedade valendo 1 milhão de reais. O prejuízo total foi de quase R$ 10 milhões, entre dinheiro e imóveis."

Atualmente com 50 anos, ele busca um novo começo após ter sido detido quatro vezes pela polícia (já cumpriu duas sentenças e atualmente recorre em liberdade de outras duas condenações) e uma carreira como jogador que ele mesmo diz não ter sido profissional.

Ex-jogador tenta um recomeço

No final de 2023, o ex-meio-campista de Ponte Preta, Santos e Corinthians iniciou uma nova empreitada como empresário de jogadores, aproveitando seu conhecimento e contatos adquiridos no mundo do futebol.

"Eu nunca tive alguém para me orientar, para dizer 'saia disso ou daquilo'. Todos achavam bonito o que eu estava fazendo, mesmo eu cometendo todos os erros. Não tive alguém como sou hoje para as pessoas que vejo, não apenas para os meus jogadores", compartilhou Piá em uma entrevista exclusiva ao ge.

"Como pai e avô, desejo ser um exemplo para meus filhos. Para ser um exemplo para eles, preciso ser um exemplo para mim mesmo. Dentro do papel que assumi, quero ensinar aos jogadores que há mais na vida do que apenas jogar futebol. Para cuidar da família, é preciso ser um homem, além de ser um jogador. Quero usar minha vida como exemplo, tanto os bons quanto os maus momentos, para ajudar as pessoas de forma geral", acrescentou.

Tópicos


Mais notícias