Foi mal no Corinthians, saiu pelos fundos, agora é adorado pelo rival

A temporada de 2024 para o Corinthians se desenha como mais um ano de frustrações. A recente demissão de Mano Menezes, que chegou ao clube no final de 2023 com a promessa de resgatar o bom futebol, evidencia um problema recorrente: a dificuldade de encontrar um treinador que consiga implementar um estilo de jogo vencedor e duradouro no Parque São Jorge.

Mano Menezes não é o primeiro e nem será o último a deixar o Corinthians com o estigma do fracasso. A lista de técnicos que não obtiveram sucesso no clube é extensa e inclui nomes como Jair Ventura, Fábio Carille, Cristóvão Borges, Oswaldo de Oliveira e Tite, este último antes de sua vitoriosa passagem pela seleção brasileira.

Em grandes clubes como o Corinthians, a pressão por resultados é imensa. A torcida, exigente e apaixonada, não tolera longas sequências de resultados negativos e cobra um futebol vistoso e vencedor. Essa pressão, aliada à instabilidade política e administrativa que assola o clube há anos, torna o ambiente propício para a rotatividade de técnicos.

É comum que treinadores talentosos, com histórico de sucesso em outras equipes, cheguem ao Corinthians e encontrem dificuldades para impor sua filosofia de trabalho. Fatores como a falta de tempo para implementar suas ideias, a pressão da torcida e a interferência da diretoria podem ser obstáculos intransponíveis.

Treinador não deixou saudades na Fiel

Um exemplo recente dessa situação é o de Jair Ventura. Contratado em 2018 após um bom trabalho no Santos, Ventura não conseguiu repetir o mesmo desempenho no Corinthians. Apesar de ter chegado à final da Copa do Brasil daquele ano, a equipe apresentava um futebol inconsistente e acabou sucumbindo à pressão.

Após sua saída do Corinthians, Jair Ventura se reergueu no Atlético Goianiense. No Dragão, o treinador encontrou o ambiente ideal para desenvolver seu trabalho e vem obtendo resultados expressivos, figurando entre os líderes do Campeonato Brasileiro.

O caso de Jair Ventura demonstra que a qualidade de um treinador não pode ser definida por um único trabalho, especialmente em um contexto de instabilidade como o do Corinthians. É preciso analisar o histórico do profissional, as condições de trabalho que ele teve e os resultados que obteve em outras equipes antes de decretar seu "fracasso".