Notícias do Corinthians

Campeão brasileiro, é amado na Turquia, e sua saída rendeu R$ 10 milhões ao Timão

Ex-jogador fala sobre sua passagem no Timão e declara amor ao clube

Por Romario Paz

Ex-jogador fala sobre sua passagem no Timão e declara amor ao clube
Ex-jogador fala sobre sua passagem no Timão e declara amor ao clube
Síguenos enSíguenos en Google News

Formado nas categorias de base do Corinthians, Deyvison Rogério da Silva, conhecido como Bobô, ganhou projeção internacional cedo. Tornou-se ídolo no Besiktas, da Turquia, disputando a UEFA Champions League e servindo à Seleção Brasileira sob o comando de Dunga. Nesta matéria, a Central do Timão relembra a passagem do centroavante pelo clube.

O atacante ingressou nas categorias de base do Corinthians aos 15 anos e se destacou no futebol ao ser bicampeão e artilheiro da Copa São Paulo de Futebol Júnior em 2004 e 2005. Promovido para a equipe principal no segundo semestre de 2004, fez parte da geração de jovens talentos do famoso Terrão, ao lado de Wilson, Elton, Abuda e Jô.

Contudo, com a chegada da MSI ao Timão, trazendo jogadores como Mascherano, Tévez, Roger, Carlos Alberto, Nilmar, entre outros, as chances para os jovens talentos diminuíram.

"Jogar com eles foi um aprendizado muito bom e deu uma base para a gente também para os próximos anos. Fiz dupla de ataque com o Tévez em alguns jogos daquele Campeonato Brasileiro e do Paulista também. Ele era muito quieto e na dele, o Mascherano também", relembrou Bobô em 2018 à ESPN.

"Eu estava sempre tentando absorver alguma coisa com os mais experientes porque era molecão. Foi um ano bem legal para mim. O título brasileiro foi o melhor momento que eu vivi no Corinthians. A gente tinha um grupo muito bom naquele ano e consegui ajudar com alguns gols", completou.

Após o título Brasileiro de 2005, Bobô foi emprestado por seis meses ao Besiktas e logo foi contratado em definitivo.

"No começo é difícil porque a língua era totalmente diferente, um país que neva bastante. Cheguei em janeiro e estava muito frio. Vivi muitas situações legais lá, meu filho e minha filha nasceram na Turquia. Joguei Champions League e Europa League. Venci seis títulos, incluindo alguns campeonatos turcos. Foi uma passagem muito boa. Tenho várias memórias de gols importantes em finais e clássicos de Istambul contra o Fenerbahçe", recordou.

Foram cinco temporadas e meia no Besiktas (2006 a 2011) e seis títulos: Campeonato Turco, Taça da Turquia (quatro vezes) e Supertaça da Turquia. Marcou 97 gols em 222 jogos – quase um gol a cada duas partidas. A marca de maior artilheiro estrangeiro da história do tradicional clube turco ainda lhe pertence.

Chamou a atenção do então treinador da Seleção Brasileira, Dunga, e foi convocado para um amistoso contra a Irlanda, em Dublin, em 2008.

"Fui eleito melhor jogador do campeonato e artilheiro. A gente chegou até viajar juntos, já que ele estava na Turquia observando a final do Campeonato Turco. Foi uma experiência muito boa na minha carreira. Chegar à Seleção é algo muito grande e especial na vida de qualquer jogador de futebol", disse.

Após cinco anos e meio na Turquia, Bobô retornou ao Brasil para jogar pelo Cruzeiro e voltou novamente à Turquia pelo Kayserispor. Teve uma passagem pelo Grêmio antes de ir para o Sydney FC, na Austrália, em 2016, onde se tornou artilheiro.

"Quando recebi a proposta, eu não sabia nada que sabia que existia futebol na Austrália. Só que um amigo que tinha jogado comigo estava jogando na Austrália. Ele me falou muito bem de lá e acabei aceitando. Nunca imaginei jogar ou morar lá, mas foi muito bom para minha família", relatou.

Depois, Bobô atuou na Índia na temporada 2019/2020, pelo Hyderabad FC. Em seguida, o atacante decidiu sair da Austrália e voltar à Turquia para defender o Alanyaspor. Mas nunca esqueceu seu time do coração. É possível ver em seu Instagram que a decoração do aniversário de um de suas filhas teve o Timão como tema.
 


Mais notícias