Parou o Corinthians, deu pesadelos na Fiel, agora vende roupas pra sobreviver

Gerson Augusto Reggioni Júnior é um nome pouco conhecido entre os adeptos do futebol. Contudo, ficou na memória de muitos torcedores em 2017, quando se tornou o símbolo da campanha do Batatais na Copinha daquele ano, disputando a final contra o Corinthians e quase conquistando o título.

Gerson nasceu para ser goleiro, inspirado pelo pai e pelo avô que atuavam na mesma posição. Criado em Jardinópolis, no interior de São Paulo, ele começou a sua jornada defendendo chutes nas ruas e campos da cidade.

O início da sua carreira no futebol se deu no Olé Brasil, time de Ribeirão Preto fundado em 2006, mas que está licenciado há quase dez anos. Posteriormente, passou pela base do Botafogo-SP antes de ganhar destaque nacional.

Jogando pelo Batatais na Copinha de 2017, Gerson admitiu que estava "meio gordinho", mas destacou que sua forma física não prejudicava seu desempenho. Ele comprovou isso ao defender uma série de pênaltis para sua equipe, superando times como Sport, Ponte Preta e Botafogo. Na semifinal, mesmo perdendo para o Paulista, um caso envolvendo um jogador irregular levou Gersinho e seus companheiros à decisão.

O goleiro encontrava inspiração nas penalidades na sua irmã, falecida em um acidente de carro em 2015. "Antes do pênalti, eu fico lá, pedindo para ela. Não sei o que acontece, não sei se é coisa da minha cabeça, mas parece que eu converso com ela", disse o goleiro após uma das vitórias do Batatais. A tragédia foi o motivo principal para Gerson interromper sua carreira, deixando a questão física em segundo plano.

Atualmente, Gerson é proprietário de uma empresa de uniformes, a N.A Bonés e Camisetas, atendendo Jardinópolis e região. Além disso, cursou fisioterapia e, na vida pessoal, casou-se e tornou-se pai da pequena Maria Luiza, nascida em 2022.