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Novo diretor revela algo terrível sobre situação financeira do Corinthians

Clube atravessa péssima fase também do lado de fora do campo

Por Pedro De Oliveira

Augusto Melo em destaque

Rozallah Santoro, o diretor financeiro do Corinthians, foi o convidado do segmento Finanças do Esporte, do De Primeira, e discutiu a situação atual do clube juntamente com Rodrigo Mattos, Paulo Vinícius Coelho e Domitila Becker. Santoro enfatizou que a condição financeira do Corinthians seria classificada como falimentar em uma empresa do mercado convencional.

"Em qualquer empresa que não desfrute da isenção tributária como um clube possui, o nosso cenário ou as regras sob as quais operamos, qualquer empresa do mercado teria decretado falência. É uma situação falimentar. Em outras palavras, é pior do que a pior crise. Por isso que eu digo que o desafio é: equilibrar essa equação com receitas extraordinárias no primeiro ano. No segundo ano, compreendendo que devemos fortalecer o elenco a cada ciclo, mas não é razoável que tenhamos rupturas como a do ciclo anterior para o atual. Isso é uma avalanche, uma conjuntura desfavorável. Sabemos que haverá um início mais árduo, mas que deve ser seguido por uma estabilidade que não vem automaticamente. Se a bola não entrar, não haverá retorno." - Rozallah Santoro

SAF no Corinthians?

Santoro foi questionado sobre a possibilidade do Corinthians adotar o modelo de Sociedade Anônima de Futebol (SAF) e ter um investidor no controle, como ocorre em outros grandes clubes brasileiros.

"No atual panorama de governança que observamos no futebol como um todo, não é viável que um investidor entre em qualquer clube e injete uma quantia significativa de dinheiro, que possa resolver o problema, sem ter o controle. Isso ocorre porque ele está sujeito a regras de governança e organização, onde ou ele domina e decide, ou não investe. Se um investidor vier para o Corinthians e esperar ter uma participação que lhe permita ter o controle e decidir os rumos do clube, a resposta é: não, ele não terá. Nesse sentido, temos instrumentos para continuar renegociando algumas dívidas vencidas e, eventualmente, podemos adotar medidas que possibilitem um alívio no caixa e esperar que essas receitas adicionais se convertam em dinheiro efetivo. Usar uma SAF como solução não é uma opção viável. Não vamos abrir mão do Corinthians." - Rozallah Santoro

Qual o montante da dívida? "Uma análise preliminar que realizamos, embora o balanço ainda não esteja fechado, indica que em dezembro houve muitos compromissos não pagos, recursos previstos que não foram recebidos e, conforme observamos durante a transição, ocorreu um déficit no fluxo de caixa. A estimativa inicial é que a dívida fechará entre 900 e 950 milhões. Nos últimos anos, tratávamos a dívida do Corinthians como se a Arena não existisse. Assim, o número que era divulgado era em torno de 900 milhões, sem mencionar a Arena (avaliada em 700 milhões)."

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