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Gaviões da Fiel fez o impossível e o Corinthians foi aplaudido de pé

Agremiação tenta quebra tabu de 20 anos sem conquista de título

Por Pedro De Oliveira

Agremiação tenta quebra tabu de 20 anos sem conquista de título

Quinta escola de samba a se apresentar no segundo dia de desfiles, os Gaviões da Fiel adentraram a passarela com o enredo "Vou te levar pro infinito", com a proposta de uma jornada intergaláctica. A temática é inspirada no desfile de 1995, "Coisa Boa é Eterna", um dos sambas mais aclamados na trajetória da associação.

Estabelecida em 1969, uma entidade vinculada à maior torcida organizada do Corinthians busca atualmente quebrar um hiato de 21 anos. A apresentação futurística encerrou-se com 1:05'20, quase no limite estabelecido. O intento da agremiação é abordar o ilimitado. Eles exploram a ciência, o cosmos, a expressão artística e o afeto perene pelos Gaviões da Fiel.

No Anhembi, os Gaviões utilizaram um fragmento de seu samba mais famoso para conceber o enredo deste ano. A agremiação propôs uma jornada por diferentes "infinitudes" a bordo de uma nave espacial pilotada por arlequins e colombinas de outra esfera.

A comitiva dançou trajando vestimentas espelhadas, confeccionadas a partir de recipientes PET. A coreografia da vanguarda foi elaborada por Sérgio Cardoso. Esta retrata arlequins, colombinas e arlequinas adentrando uma nave que cruza os céus; a intenção é representar o ilimitado do universo sideral. Eles foram suspensos por cordas elásticas e executaram saltos durante a performance. A agremiação desfilou ostentando uma estética bastante vívida. Contudo, é evidente que a tonalidade verde esteve ausente na exibição.

Mais de 20 anos de tabu

A figura emblemática da escola e do Corinthians, Sabrina Sato, comemora duas décadas de desfiles nos Gaviões: foi diva, madrinha e, desde 2018, foi coroada rainha da bateria. Os ritmistas foram conduzidos pelo mestre Ciro Castilho. O carro que encerrou o desfile demonstra que o amor infinito é de um adepto por sua equipe. O veículo exibe o emblema do Corinthians. Wagner Lima e Gabriela Mondjian foram o par de mestre-sala e porta-bandeira pelo quarto ano consecutivo.

Desde 2003 sem conquistar o troféu no Grupo Especial, os Gaviões tentam atualmente romper um período de seca que ultrapassa duas décadas. Seu último título remonta a 2003. A escola foi rebaixada duas vezes desde então. Na edição do ano anterior, a agremiação teve que se contentar com o 9º lugar no Grupo Especial.

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