Foi campeão no Corinthians, era o parça de Tévez, agora sobrevive como vendedor

Vencedor do campeonato nacional com o Corinthians no período de 2005, naquela equipe repleta de celebridades e liderada por Tevez, Wendel teve sua trajetória esportiva encerrada em 2017, aos 33 anos, devido a múltiplas lesões.

Entretanto, o capital acumulado enquanto atleta aliado à habilidade para o comércio o conduziram a uma rota alternativa ligada ao esporte: a comercialização de calçados. Atualmente, sua subsistência advém da venda de chuteiras e tênis.

"Não acumulei uma fortuna durante minha carreira, mas soube administrá-la. Abstive-me de excessos, não me entreguei ao álcool, não adquiri veículos de luxo, portanto, mantive uma postura financeira prudente. Adquiri um imóvel para meus genitores e, atualmente, reinvesto os rendimentos nas chuteiras. Há muitos atletas que auferiram o triplo do que eu durante suas carreiras e agora enfrentam adversidades financeiras. Sempre mantive uma relação consciente com o dinheiro", comentou.

Aos 39 anos, o ex-esportista afirma já ter comercializado pelo menos cinco mil unidades de chuteiras e tênis, variando entre R$ 799,00 e R$ 1.699,00. Sua incursão no ramo comercial teve início com vestuário, porém, logo se direcionou aos calçados após sua passagem pelo futebol mineiro.

Jogador soube se reinventar após aposentadoria

"Tive um colega do Uberlândia que negociava chuteiras e solicitei que me instruísse. Já vendia algumas peças de vestuário, apreciava essa atividade, então, aprendi e comecei a empreender no Rio de Janeiro, onde estabeleci moradia. O empreendimento progrediu. Atualmente, excetuando os períodos em que atuei pelo Corinthians e posteriormente pelo Boa Esporte, obtive lucros superiores aos de minha carreira como jogador", acrescentou.

No momento do primeiro contato com o elenco corintiano, que era reunido mediante vultosos investimentos pela associação com a MSI no final de 2004, o argentino Carlitos Tevez identificou no Parque São Jorge uma face conhecida. Tratava-se de Wendel, formado nas categorias de base do clube, que competia nas equipes jovens da seleção brasileira.

"Tevez e Mascherano me reconheciam, pois nos enfrentávamos nas seleções juvenis (todos nascidos em 1984). A primeira observação dele ao me avistar foi: 'Esse sujeito joga duro', recordou o ex-jogador.