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Enquanto não tem acordo com a Caixa, a dívida do Corinthians com seus jogadores

Nova diretoria pregou austeridade, mas até aqui tem seguido outro caminho

Por Pedro De Oliveira

Augusto Melo entre os logotipos da Caixa e do Corinthians
Augusto Melo entre os logotipos da Caixa e do Corinthians
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O Corinthians enfrentará uma despesa mensal de aproximadamente R$ 20 milhões com as inclusões do meia Igor Coronado e do lateral-direito Matheuzinho. Os dois estão próximos de finalizar suas transferências para o Timão e devem ser oficializados ainda nesta semana como novos integrantes do elenco de António Oliveira.

Segundo o diretor financeiro do clube, Rozallah Santoro, o Corinthians pretende manter o mesmo nível de salários da temporada anterior com a chegada de novos reforços. A mudança nos planos da gestão, que visava à diminuição dos gastos, está relacionada, entre outros fatores, à receita proveniente da televisão.

"Devemos encarar essa dívida; não posso renunciar à performance esportiva, pois 30% da receita televisiva depende do desempenho em campo. A proposta inicial era reduzir a folha salarial, mas, devido aos novos patrocínios e ao ingresso de recursos no clube, optamos por manter o orçamento em R$ 20 milhões por mês", explicou ele em entrevista ao Bandsports.

"Se considerarmos as contratações feitas, apenas em salários, encargos e direitos de imagem, com os dois jogadores mencionados, o Matheuzinho e o Igor Coronado, os custos chegam a cerca de R$ 20 milhões. Como equilibrar isso? Temos fluxo de receita entrando, foi necessário investir para trazer esses jogadores", complementou.

Situação financeira do Timão é assombrosa

Segundo o dirigente, o impacto das novas contratações representa um investimento de cerca de R$ 100 milhões somente em 2024. O dinheiro da venda de Gabriel Moscardo, na ordem de R$ 90 milhões, será utilizado para amenizar a situação financeira neste ano.

O dirigente ainda detalhou alguns números sobre o investimento mensal na contratação de Igor Coronado e atualizou a questão dos direitos de imagem atrasados com o elenco, que remontam à gestão anterior.

"O valor que vi é de aproximadamente R$ 2 milhões por mês. Os salários estão em dia. Alguns direitos de imagem estão atrasados desde outubro do ano passado. O último pagamento foi feito em outubro. Assumimos com dois meses de atraso e, neste primeiro mês de gestão, ainda não conseguimos colocar tudo em dia", comentou.

Rozallah também confirmou o valor total da dívida do clube, que chega a aproximadamente R$ 1,650 bilhão, incluindo os R$ 700 milhões referentes à dívida da arena e os quase R$ 400 milhões de débitos a curto prazo, sendo mais da metade vencida.


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