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Caso Marcelinho Carioca! Polícia divulga fato de embrulhar o estômago

Sequestro do jogador ainda traz desdobramentos surpreendentes

Por Pedro De Oliveira

Marcelinho Carioca em destaque

A Justiça de São Paulo acatou a denúncia do MP-SP e sete indivíduos tornaram-se réus pelo sequestro de Marcelinho Carioca, ídolo do Corinthians, e de sua amiga Tais Moreira, em dezembro do ano passado.

Os sete tiveram prisão preventiva decretada, e cinco deles já estão sob custódia. Outras duas pessoas permanecem foragidas.

Quatro foram detidos em flagrante quando a PM localizou as vítimas. Eliane Lopes de Amorim, Jones Santos Ferreira, Thauanata Lopes dos Santos e Wadson Fernandes dos Santos tiveram a prisão convertida em preventiva após audiência de custódia. Posteriormente, Eliane foi colocada em prisão domiciliar.

O quinto envolvido foi detido na semana passada. Caio Pereira da Silva se apresentou à Delegacia Antissequestros (DAS) no último dia 2, acompanhado por um advogado. Dois indivíduos ainda têm mandado de prisão preventiva. Camily Novais da Silva e Matheus Eduardo Candido Costa ainda não foram localizados pelas autoridades.

Um novo inquérito policial foi requisitado para investigar o envolvimento de mais três pessoas no caso. Eles foram indiciados pela polícia por terem digitais encontradas no lado externo do carro de Marcelinho, mas tanto o MP como a Justiça entenderam que há necessidade de mais investigação.

Há indícios de que os agentes agiram de forma coordenada para roubar e sequestrar suas vítimas, com o objetivo de extorquir dinheiro delas, tudo de maneira organizada, com divisão de tarefas, inclusive, com etapa final de dissimulação da origem ilícita do produto do crime. Trecho da decisão.

Caio, Jones e Matheus foram os responsáveis pelo sequestro, segundo a denúncia do MP. O sequestro foi realizado utilizando-se de uma arma de fogo, e a digital de Matheus foi encontrada dentro do carro de Marcelinho. Caio e Matheus já possuíam passagens criminais por outros delitos patrimoniais.

Quadrilha foi desarticulada

Jones coordenava a parte financeira da operação. Ele recrutou os envolvidos para a execução das transferências. Wadson e Eliane forneceram suas contas bancárias para receber as transferências. Foi na conta de Wadson que Luan, advogado de Marcelinho, depositou R$ 30 mil pensando ser um pedido do ex-jogador.

Caio, Camily, Matheus e Thauannata cuidavam do cativeiro. Caio foi identificado como o responsável pelo controle das ações e fugiu do local junto com Camily quando o resgate chegou. Segundo a polícia, Caio foi quem alugou a casa utilizada para manter as vítimas. Caio, Camily, Jones, Matheus e Thauannata praticaram extorsão e estelionato. Antes de anunciarem o sequestro, eles se passaram pelo ídolo corintiano e enviaram mensagens pedindo transferência de valores.

Os sequestradores se passaram por Marcelinho para solicitar mais de R$ 30 mil e depois cobraram R$ 200 mil para liberá-lo. O advogado do ídolo corintiano fez a transferência de R$ 30 mil, mas o montante do resgate não foi pago porque a Polícia Militar já estava envolvida.

Todos foram acusados de associação armada. Dada a complexidade da operação, o MP não descarta que o grupo esteja envolvido em outros sequestros, embora isso não tenha sido relatado ou investigado pela polícia.

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